A soma das riquezas geradas pelo campo em Mato Grosso pode desacelerar em 2013, atingindo R$ 39,8 bilhões até o fim de dezembro. O volume é quase 2% (1,8%) inferior ao de 2012, quando a cifra financeira totalizou R$ 40,5 bilhões. Os números referem-se ao chamado Valor Bruto de Produção (VBP), um termômetro da economia rural e que serve como indicador de receita no campo, obtido pela multiplicação entre o preço de mercado e a produção. Nova projeção para o desempenho agrícola foi apresentada nesta terça-feira (16) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
De um total de 12 itens avaliados, quatro devem ter baixa. Ela inclui também a mandioca (R$ 107 milhões para R$ 95 milhões) e o cacau (de R$ 2,8 milhões para R$ 2,7 milhões). Na contramão, itens como o arroz, a banana, o café, a cana-de-açúcar, o feijão, a laranja, o milho e o tomate devem ter crescimento no VBP. Apenas para o milho estima-se um faturamento bruto de R$ 8,7 bilhões, contra os R$ 7,3 bilhões.Tradicionais itens do agronegócio mato-grossense, o algodão e a soja devem render menos neste ano. Previsão do Mapa é que o algodão em caroço feche 2013 com um Valor Bruto de Produção na ordem de R$ 7 bilhões, ou R$ 1 bilhão a menos que em 2012, quando foram R$ 8 bilhões. Da mesma forma, a soja deve recuar de R$ 22,9 bilhões para R$ 21,4 bilhões.
Na composição do VBP mato-grossense, a soma do VBP da soja, do algodão, do milho e da cana representa 96,4% do total da unidade federada. O estado detém o segundo maior faturamento agrícola, atrás de São Paulo, líder com R$ 50,8 bilhões, e à frente do Paraná, terceiro com R$ 36,2 bilhões.