Agora não é mais o Democratas que querem que o Partido da República deixe o Governo e entregue os cargos como condição essencial para participar do chamado ‘bloco de oposição’, liderado pelo senador José Pedro Taques, do PDT, virtual candidato a governador. É o próprio PDT quem decidiu colocar a ‘faca no pescoço’ dos republicanos, que tem na ala liderada pelo deputado federal Welington Fagundes principal articulador.
Comandando pastas que tem orçamentos avaliados em mais de R$ 3 bilhões para 2014, dificilmente os republicanos deixarão a sigla. Há uma grande resistência. O próprio deputado federal Welington Fagundes, principal interessado na aliança entre republicanos e pedetistas, já que deseja ser candidato ao Senado, resiste a ideia e sai pela tangente: “Ajudamos a eleger o Governo”.
Atualmente, o PR comanda as secretarias consideradas estratégicas e mais importantes do Governo. Exemplo: a Casa Civil, com Pedro Nadaf; e a Secretaria de Fazenda, com Marcel Cursi. O PR ainda cuida do Planejamento, com Arnaldo Alves; e de Transportes e Pavimentação Urbana, Sinésio de Oliveira. Somente nessa pasta estão alocados R$ 1,4 bilhão para o programa MT100% Integrado, que promete asfaltar todo o Estado; e mais R$ 1,4 bilhão para obras e reparos.
Mas, segundo do presidente do PDT em Mato Grosso, deputado estadual Zeca Viana, se dependesse somente do presidente do PR, Wellington Fagundes, já seria batido o “martelo”.
Viana garante que a candidatura de Pedro Taques ao Governo “é real” e não tem nada que i impeça de e ser candidato. “Mas para o PR caminhar com nós pedimos que eles deixem os cargos ocupados no Governo para que o discurso de oposição não caia em contradição” - disse Viana.
O parlamentar garantiu que o PDT nacional não tomará as decisões do partido em Mato Grosso, como revelou 24 Horas News, de que a presidente Dilma Rousseff (PT) iria pedir que o PDT recuasse da candidatura para apoiar uma eventual disputa do senador Blairo Maggi (PR) novamente ao Governo. Ele disse que a presidente se reunirá com o presidente nacional do PDT, Carlos Luppi e o senador Pedro Taques para falar sobre eleições.
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