.Guia Telefônico
Notícias » Principal

Atualizado em 16/07/2013 ás 19:55h

Com 9 meses de atraso, inquérito sobre propina do Consórcio VLT Cuiabá continua sob sigilo

Obras da copa em Cuiabá

24horasnews

Instaurado em agosto de 2012, com previsão de ser concluído em 60 dias,  o inquérito que apura denúncias do pagamento de propina ao estafe do Governo do Estado pelo Consórcio VLT Cuiabá, vencedor da concorrência para implantação em Cuiabá-Várzea Grande desse modal de transporte de passageiros urbanos, continua transcorrendo sob segredo de Justiça. O prazo estabelecido para a conclusão dos trabalhos foi feito pelo delegado Gianmarco Paccola Capoani, da Gerência de Combate ao Crime Organizado  (GCCO).

 

De acordo com denúncias feitas pelo secretário especial da Vice Governadoria de  Mato Grosso, Rowles Magalhães Pereira da Silva, vários membros do primeiro escalão do governo estadual, mas cujo nomes nunca revelou publicamente, receberam cerca de R$ 80 milhões para facilitar a vitória do Consórcio VLT Cuiabá, o projeto mais ambicioso da Copa do Mundo em Cuiabá com um orçamento de R$ 1,477 bilhão. 

 

Segundo a Assessoria de Comunicação da Polícia Judiciária Civil, o delegado responsável pelo caso determinou que o inquérito policial continue sob sigilo. A justificativa é que a divulgação de informações sobre o andamento dos trabalhos policiais poderia “comprometer as investigações”. Pelas previsões do delegado Gianmarco, o inquérito deveria ter sido concluído em outubro do ano passado, mas já avança para quase 9 meses além do prazo.

 

Em 17 de agosto de 2012, o portal "UOL Esporte" divulgou a reportagem com gravações, nas quais Rowles dizia que “o Consórcio VLT Cuiabá pagou R$ 80 milhões em propinas a membros do governo”. Em fevereiro de 2013, em depoimento à Polícia, Rowles afirmou que também pagava propina ao jornalista Vinicius Segalla para que não publicasse informações negativas para o VLT, pois segundo o então funcionário da Vice Governadoria, a concorrência estava repleta de irregularidades.

 

Na época da licitação, o Consórcio VLT Cuiabá era formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda e Astep Engenharia Ltda. Rowes afirma que foi ele quem organizou a concorrência de cartas marcadas pela obra do VLT de Cuiabá. Ele conta que revelou ao consórcio Transvia Cuiabá, formado pelas empresas S/A Paulista Construções e Comércio e Isolux Projetos e Instalações, entre outras, o valor da proposta que seria apresentada pelo consórcio VLT Cuiabá.

 

As obras do VLT enfrentam período de atraso. Há temor de que o projeto não seja concluído antes da Copa do Mundo, em meados do ano que vem. O projeto, de acordo com o Tribunal de Contas do Estado, já deveria estar concluso em 59% ao fim de maio, mas chegou a apenas 34%.

 



24horasnews

Comentários ( )