A construtora Mendes Júnior, responsável pela execução da obra da Arena Pantanal, em Cuiabá, deverá divulgar, dentro de quinze dias, o resultado de um inquérito administrativo que apura a natureza e os prejuízos do incêndio que consumiu placas de isopor armazenados no subsolo do estádio, na tarde da última sexta-feira (25).
A Polícia Técnica também apura as causas reais do incêndio, mas o resultado só deverá ser divulgado em 30 dias.
“A Mendes Júnior está fazendo uma investigação interna para verificar as razões desse incêndio, o que deve demorar uns 15 dias para ser concluído”, afirmou o secretário da Copa, Maurício Guimarães.
Ele já havia declarado, em entrevista à TV Record e a Rádio CBN, na segunda-feira (28), que não descartava a possibilidade do ato ter sido criminoso.
"A Polícia Civil está investigando as causas. Há indícios de que tenha sido proposital. Nenhuma hipótese está descartada”, disse o secretário, nesta terça-feira (29), após a inauguração de obras da mobilidade urbana, no Coxipó, em Cuiabá.
Questionado sobre a possibilidade de uma tentativa de boicote às obras do estádio, que estão com 85% dos serviços concluídos e têm previsão de conclusão para dezembro deste ano, o governador Silval Barbosa (PMDB) preferiu não opinar.
“Não vou me adiantar e falar se houve ou não incêndio criminoso. Isopor é um produto inflamável. Eu vou aguardar a apuração da perícia e da investigação que estão sendo feitas. Se for constatado que se trata de um incêndio criminoso e o responsável for identificado, ele será punido”, afirmou.
A Polícia Civil e a Perícia Oficial e Identificação Técnica do Estado (Politec) investigam o incêndio e devem emitir um laudo sobre o caso dentro de 30 dias.
Relembre o caso
O incêndio teve início no subsolo da Arena Pantanal por volta das 14h30, consumindo placas de isopor que seriam usadas na cobertura do estádio.
Na ocasião, o diretor operacional do Corpo de Bombeiros, coronel Alessandro Borges, informou que o fogo não atingiu os demais níveis da obra e não comprometeu a estrutura.
Segundo ele, 18 homens e quatro viaturas foram necessários para combater o incêndio, que foi controlado em 15 minutos, com o uso de cinco mil litros de água.
Borges destacou que não havia indícios, no local, que indicassem que o incêndio teria natureza acidental ou criminal.
O secretário da Copa afirmou, na ocasião, que o incidente não compromete o cronograma de execução da obra ou a estrutura física do estádio.
Segundo a Secopa, qualquer necessidade de reposição do material deverá ser arcado pela construtora Mendes Júnior, responsável pela obra, sem que sejam feitos aditivos no contrato, hoje fixado em R$ 420 milhões.