Um homem de 23 anos foi detido no início da tarde desta quarta-feira acusado de tráfico de entorpecentes. Na residência dele, localizada no bairro Alvorada, em Lucas do Rio Verde, investigadores da Polícia Civil localizaram 3 barras e um pedaço de entorpecente, totalizando pouco mais de 2,7 quilos de maconha. O homem, que tinha um emprego no período diurno para não chamar a atenção das autoridades, foi detido enquanto trabalhava.
O delegado Marcelo Torhacs informou que a polícia recebera informações dando conta que o suspeito enterrou o entorpecente no quintal da residência. Ao apurar a informação, os investigadores procuraram em todo o terreno e localizaram o entorpecente ainda embalado. O produto estava identificado com códigos que provavelmente originaram do fornecedor. “São aquelas que saem do fornecedor, de quase um quilo cada uma. E essas identificações, pelo que a gente estuda e conversa com delegacias especializadas, Polícia Federal, são as identificações dos fornecedores. O que elas significam, fica difícil explicar”, relatou o delegado.
O acusado é reincidente. Há cerca de dois anos ele foi detido também por tráfico de drogas. Ao delegado, ele assumiu a responsabilidade pelo entorpecente, não informando a origem. “Eles não delatam ninguém. Existe uma moralidade criminosa onde o individuo não fala nada, sob pena de pagar com a vida”, observou o delegado.
Pela forma como a droga foi encontrada, fica descartada a possibilidade de o local servir como boca de fumo. Segundo o delegado, provavelmente o local era utilizado para ocultar a droga e posterior distribuição a outros indivíduos que comercializam a droga ‘no varejo’. “Pessoas que tentaremos identificar, mas não vai ser simples assim”, destaca.
De acordo com Torhacs, foi a maior apreensão de droga feita durante o período em que chefia a delegacia de Lucas do Rio Verde. Uma rápida análise mostra que os traficantes poderiam transformar o material apreendido em cerca de 13.600 trouxas, que são comercializadas a R$ 10, resultando numa movimentação superior a R$ 130 mil. “Era o que o individuo tinha enterrado no quintal dele. Por isso que muitos indivíduos acham que vale a pena, mas quando cai, não chega a nada e acaba (o individuo) em nada”, lamenta.