Preocupada com as fortes chuvas que tem caído no Município nos últimos oito dias, a Prefeitura de Nova Mutum, abriu uma roda de conversas com representantes do Sindicato Rural e Aprosoja (Associação dos produtores de soja e milho do estado de Mato Grosso) para decidirem a tomada de medidas emergências que possam garantir condições dos produtores escoarem a safra.
Informações da Aprosoja e Sindicato Rural estimam que 30% de toda área plantada no município já foi colhida, outros 60% estão dessecadas, mas devido as fortes chuvas, os produtores não estão conseguindo colocar as colhedeiras no campo.
O delegado da Aprosoja e coordenador do Núcleo de Nova Mutum, Emerson Zancanaro, ressalta que a partir de agora a preocupação é em relação as perdas, "em várias propriedades a parte superior da planta apresenta sinais de perdas, e isso pode representar uma grande queda no volume de produção previsto para a safra", destaca.
Para o Coordenador, o plantio foi feito em um curto espaço de tempo, e devido as chuvas a colheita terá que ser feita nos próximos 15 dias, em virtude a janela para o plantio do milho. Além disso, Zancanaro prevê que outro problema será ocasionado com a falta de armazéns para estocar toda soja que será tirada do campo, "até agora pouco grão foi escoado para fora do município e os armazéns já estão com bastante grãos, estamos em sinal de alerta".
Zancanaro pediu que os produtores sejam parceiros do município, respeitando o limite de 12 metros do eixo central da estrada, para que os maquinários possam entrar e fazer o desvio das águas das chuvas.
O secretário de obras, Onésio Botelho, disse que apesar do município possuir mais de 2 mil km de estradas vicinais, todas estão com em condições de trafego. Ele explica que a situação mais complicada está na região da comunidade São Manoel, "nesse trecho estamos com maquinários no local fazendo uma operação emergencial", cita.
Onésio explicou que o município solicitou do estado uma patrulha mecanizada para auxiliar a recuperação de trechos danificados, só que os mesmos estão parados na região da Prodeser por não terem condições de trabalhar.
Durante o encontro o vice presidente do Sindicato Rural Emerson Bonini, comentou que o atraso na colheita da soja, pode resultar em perdas na colheita do milho safrinha, o plantio pelo cronograma era para estar com o ciclo se encerrando, porém, como a previsão de chuva pelos próximos quatro dias, e isso vai provocar perda de produção, "teremos produtor que vai entrar março plantando e não temos como voltar atrás por conta do investimento que já foi feito", lamenta.