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Atualizado em 02/01/2014 ás 12:29h

Gás de Xisto será explorado em bacia de Mato Grosso

Com informações da EFE e G1

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O polêmico gás de Xisto será explorado no  Brasil, inclusive em Mato Grosso, na bacia dos Parecis.  Técnicos afirmam que o país não possui estudos geológicos suficientes que permitam a exploração segura de gás não convencional, de acordo parecer técnico elaborado por entidades do governo federal ligadas ao meio ambiente, que sugere uma discussão mais ampla antes do país explorar essa alternativa energética.

O documento afirma que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) não apresentou estudos demonstrando segurança de exploração nas áreas que pretende ofertar na 12ª Rodada de licitações. "Observa-se a ausência de estudos ambientais preliminares e mesmo de conhecimento de importantes características geológicas para as áreas ofertadas pela ANP ..." alerta o Grupo de Trabalho Interinstitucional de Atividades de Exploração e Produção (GTPEG), formado por membros do Ibama, Ministério do Meio Ambiente e ICMBio, órgão que trata das reservas ambientais brasileiras.

"... com isso não é possível neste momento uma avaliação segura e um planejamento para a execução destas atividades", avalia o parecer técnico de 61 páginas concluído em outubro e enviado à ANP.

Embora técnicos  técnicos afirmem que a geologia de diversas bacias ainda é pouco conhecida mesmo para a exploração de gás convencional, não havendo, por exemplo, segurança em relação ao isolamento ou à conectividade de importantes camadas sedimentares, o governo deve mesmo explorar o gás em Mato Grosso, Maranhão e outros.

A exploração do gás não convencional prevê a técnica do fraturamento hidráulico, com explosões de rochas e uso de muita água. A atividade, banida em vários países europeus e mesmo em áreas de países produtores, como o Estado de Nova York, nos Estados Unidos, e Quebec, no Canadá, é alvo de preocupação no que diz respeito à contaminação de aquíferos e potencial indutor de movimentos sísmicos.

"Entende-se que é necessária uma discussão clara e abrangente por parte dos diversos segmentos da sociedade com relação a esta tecnologia", conclui o relatório. Segundo o estudo, a existência de canais naturais subterrâneos poderia conduzir naturalmente o xisto em estado gasoso e a água salgada para os aquíferos, contaminando-os. Uma  pesquisa elaborada por estudiosos da Duke University analisou níveis de salinidade em uma área da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e verificou uma ligação natural entre vários depósitos de gás de xisto situados a 1,6 km de profundidade.

O fraturamento hidráulico é a injeção em alta pressão de grandes quantidades de areia e água, com componentes químicos, nas camadas rochosas para liberar o gás aprisionado. Esta técnica é indicada por ambientalistas como responsável pela contaminação de aquíferos e do ar.

Seus defensores afirmam que não há riscos para as águas subterrâneas, já que os campos de gás estão bem abaixo das reservas aquíferas.







Com informações da EFE e G1

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