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Atualizado em 19/03/2013 ás 14:07h

Sobe para 20 o número de vítimas de temporal que atingiu Petrópolis

Quitandinha e Independência foram bairros com mais vítimas

 

Subiu para 20 o número de mortos em Petrópolis, na região serrana, de acordo com balanço divulgado às 13h45 pela Defesa Civil. Nesta terça-feira (19), foram encontradas quatro vítimas do temporal que atingiu a cidade na noite de domingo (17). Os bairros Quitandinha e Independência somaram o maior número de mortos, cinco em cada localidade. As outras vítimas foram registradas em Doutor Thouzet (1), Alagoas (2), Lagoinha (1) e Bingen (4). Duas pessoas morreram no hospital.

Dentre os mortos estavam dois agentes da Defesa Civil, que teriam salvado pelo menos 20 pessoas. Fernando Fernandes Lima e Paulo Roberto Silveiras tentavam convencer moradores de áreas de risco a saírem de suas casas. Um terceiro funcionário, que também estava no local, teve diversas lesões e foi levado ao hospital.

Quatro bairros embaixo d'água

O município, que, em 2011, foi devastado por um forte temporal, voltou a sentir os efeitos do mau tempo. Durante o temporal, os rios Quitandinha e Piabanha transbordaram, deixando quatro bairros inteiros debaixo d'água: Quitandinha, Alto Independência, Morin e Alto da Serra. Segundo a Defesa Civil do Estado, sirenes de alerta foram acionadas em nove comunidades.

O prefeito de Petrópolis decretou feriado nas escolas do município por causa do mau tempo. Na manhã de segunda-feira, a rodovia Rio-Petrópolis registrava pontos de interdição na subida e na descida da serra, em consequência da queda de barreiras ao longo da via. A via só foi totalmente liberada no fim da tarde.

Duque de Caxias

O prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, sobrevoava o município da Baixada Fluminense, nesta terça-feira (19), às 11h, para avaliar os estragos causados pela chuva que atingiu a cidade no domingo (17). A área mais afetada pelo temporal foi terceiro distrito, Santa Cruz da Serra. Também houve estragos nos bairros: Parque Paulista, Parada Morabi e Jardim Anhangá.

Segundo a prefeitura, ao todo são 208 desalojados, que estão em três abrigos montados em igrejas da região. Uma delas, a Nossa Senhora da Conceição, está concentrando as doações de roupas e comida para os desalojados. A igreja fica na avenida Automóvel Clube, sem número, em Santa Cruz da Serra.

Ainda segundo a Prefeitura de Duque de Caxias, o nível dos rios da região voltou ao normal, o que deve ajudar nos trabalhos de recuperação das áreas afetadas.

A administração municipal montou postos de vacinação e a Defesa Civil montou três postos de atendimento médico: dois, em Santa Cruz da Serra, e um, em Xerém, distrito que já havia sido castigado pela chuva em janeiro, e voltou a sofrer com o temporal de domingo.

Ajuda da Cruz Vermelha

A Cruz Vermelha está recolhendo doações de água mineral, alimentos não perecíveis, material de higiene pessoal e coletiva para as vítimas das chuvas em Petrópolis, na região serrana, e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O material pode ser encaminhado à sede da instituição na praça da Cruz Vermelha, número 10, segundo andar, centro do Rio.

A entidade também informou que vai mandar, nesta terça-feira, uma equipe de psicólogos voluntários para auxiliar pessoas que perderam parentes e amigos na tragédia, ou os que ficaram abalados pelas perdas de seus bens materiais.

Capital Fluminense

O município do Rio de Janeiro saiu do estágio de atenção às 9h desta terça, segundo informações do Centro de Operações da prefeitura. O Rio estava em estágio de atenção desde às 16h25 de domingo (17).

O estágio de atenção, o segundo de uma escala de quatro, é caracterizado pela possibilidade de chuva moderada, a ocasionalmente forte, nas próximas horas.Já o estágio de vigilância indica ausência de chuva ou ocorrência de chuva fraca.

Na segunda-feira (18), as ruas do centro e zona portuária do Rio amanheceram debaixo d'água após o temporal de domingo. Pedestres e motoristas precisaram de paciência para driblar os alagamentos. A chuva derrubou árvores, bloqueando ruas e avenidas nas zonas norte e oeste. O aeroporto Santos Dumont, no centro, chegou a fechar para pousos por 15 minutos.

O Centro de Hidrografia da Marinha chegou a emitir um alerta para o risco de ressacas no litoral do Rio, com previsão de ondas de 2,5 m  a 3 m.

No último dia 5 de março, um temporal deixou cinco mortos no Rio, além de causar alagamentos e transtornos. Na ocasião, o Estado do Rio registrou a ocorrência de 9.079 raios em três horas de tempestade, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).Com 2.149 descargas elétricas em três horas de chuva, a capital fluminense bateu o recorde de incidência de raios por dia deste ano.

 



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