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Atualizado em 06/08/2013 ás 10:18h

Greve: escolas estaduais vão parar a partir de segunda

A categoria exige que o Governo apresente proposta concreta sobre as reivindicações

Midia News

Professores da rede estadual de ensino iniciam greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira (12). A paralisação foi deliberada em assembleia-geral realizada nta segunda-feira (05), na Escola Estadual Presidente Médici em Cuiabá.

Conforme o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), cerca de duas mil pessoas compareceram no ato, grande parte de caravanas de 90 municípios.

A categoria exige que o Governo apresente proposta concreta sobre as reivindicações, entre elas, a dobra do poder de compra do salário dos trabalhadores, em um prazo de 7 anos.

Para isso, de acordo com a vice-presidente do Sintep, Miriam Botelho, o governador Silval Barbosa deve conceder reajuste de, pelo menos, 10,41% acima da inflação todos os anos.

Como em 2013, todo o funcionalismo teve a recomposição inflacionária de cerca de 8%, os profissionais da educação devem ganhar outros 10% para recuperar o poder de compra. “O Governo só fala em criar grupos de trabalho para discutir o assunto. Não acreditamos mais nisso, ninguém acredita”, afirmou.

O presidente do Sintep, Henrique Lopes do Nascimento, disse que a assembleia-geral confirma o sentimento dos trabalhadores que vinha sendo registrado nos últimos meses.

O estado de greve, desde abril, não surtiu efeito no governo, que se limitou a responder à pauta de reivindicações sem apresentar propostas concretas de investimento em educação.

Além de dobrar o poder de compra dos professores, o Sintep ainda cobra realização de concurso público, chamamento dos classificados do último concurso, garantia da hora-atividade para interinos, melhoria na infraestrutura das escolas, aplicação dos 35% dos recursos na educação como prevê a Constituição Estadual e autonomia da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) nos recursos devidos na área.

Henrique destacou que a pauta atual já é conhecida do Governo Estadual e os trabalhadores não encontram respostas para avançar.

“Exigimos uma política de Estado, que transponha a política de Governo. Quando se fala em Ensino Médio, nós temos além da ausência de instrumentos pedagógicos a falta de investimentos concretos em infraestrutura e pessoal”, disse.

O secretário de articulação sindical do Sintep/MT, João Eudes Anunciação, afirmou, durante a assembleia-geral, que a greve se tornou inevitável. “Esse Governo não nos engana com um documento travestido de negociação. Esse Governo nunca debateu a pauta de reivindicações e nós estamos cansados de compromissos que não são honrados”, afir.

A greve tem apoio do Fórum Sindical, União dos Estadual dos Estudantes, Central única dos Trabalhadores, Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e Grêmio Estudantil da Escola Estadual Eucaris de Moraes Poconé.

O primeiro ato público em manifestação será realizado no dia 13 de agosto, na Praça Alencastro, às 15 horas.

Outro lado

A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) informou que o titular da pasta, Ságuas Moraes, vai se posicionar quando for notificado da greve oficialmente com a pauta de reivindicações debatidas na assembleia da categoria.



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