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Atualizado em 06/06/2013 ás 22:10h

Música acalma, estimula a memória, alivia dores e ajuda no exercício físico

Ouvir música pode trazer muitos benefícios para a saúde, corpo e mente. Ela tem sido usada, inclusive, por médicos e terapeutas como tratamento.

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Ouvir música não é só um entretenimento e uma medida para acalmar e relaxar – ela pode trazer diversos benefícios para a saúde, como alívio de dores, melhora da memória e até mesmo um estímulo para a prática de atividade física.

Além disso, funciona como um “remédio” para vários problemas, como mostraram a pediatra Ana Escobar e a musicoterapeuta Marly Chagas.

Isso acontece porque a música ativa o centro de prazer do cérebro, assim como o sexo e o chocolate, por exemplo. Ela libera dopamina e causa uma sensação de bem-estar e, por isso, tem sido usada por médicos, terapeutas e preparados físicos como tratamento de diversos problemas – e tem trazido ótimos resultados.

Em relação à atividade física, a música pode ajudar a embalar o exercício e torná-lo mais fácil e mais prazeroso.

Segundo o músico e empresário Alexandre Casa Nova, a música é um estímulo importante para quem se exercita porque disfarça a sensação de fadiga, dor e cansaço e, no lugar, traz um sentimento bom de alegria e motivação, deixando a pessoa mais confortável.

 O mesmo acontece com a música para dormir ou acordar. Sons mais graves e lentos, por exemplo, ajudam a pessoa a se desligar das preocupações e, comprovadamente, facilitam o sono e combatem a insônia. Por outro lado, sons animados, energéticos e acelerados são bons durante a manhã para despertar e ajudar a acordar.

Há ainda o benefício da música durante o período de gestação – ela é capaz de acalmar os recém-nascidos e reduzir, por exemplo, em até dez dias a permanência deles na UTI neonatal.

Essa identificação dos pequenos com a música começa, no entanto, depois da 21ª semana de gestação, como explicou a pediatra Ana Escobar.

Isso porque, na 20ª semana, o aparelho auditivo do bebê, apesar de já estar pronto para receber vibrações sonoras, ainda tem o conduto auditivo externo bloqueado por um tecido de células que protege o desenvolvimento do tímpano. A partir da 21ª semana, essa parede se rompe, o tímpano entra em contato com o líquido amniótico e começa a receber e processar vibrações, fazendo com o que o bebê comece a ouvir.

Musicoterapia

Um garoto que foi diagnosticado com autismo aos 6 anos de idade, tinha dificuldades para falar, mas na frente do videogame, costumava se soltar.

Por isso, os pais recorreram à musicoterapia, um tratamento que começou a deixar o menino mais calmo, atento e com interesse pelo mundo em sua volta. Com o tempo, os resultados foram ainda melhores: ele começou a interagir com as pessoas, a cumprimentá-las e a procurá-las também – tudo reflexo da música dentro da vida do menino.

Fone de ouvido deve ser usado com volume, no máximo, pela metade

Limite seguro de som contínuo para o ouvido é de 80 decibéis.

Poluição sonora também é um dos fatores que podem causar zumbido.

O ouvido é composto por várias partes muito frágeis, que estão sujeitas a alterações por uma série de fatores. Um dos problemas mais frequentes desse órgão é o surgimento de zumbidos – sons internos que não estão relacionados ao ambiente em que estamos.

Estudos internacionais indicam que o problema tem se tornado mais recorrente em crianças e idosos. Entre as crianças de 5 a 12 anos, sugere-se que 31% tenham zumbido. No grupo dos indivíduos acima de 65 anos, esse percentual salta para 33%

O limite seguro de som contínuo para o ouvido é de 80 decibéis. Segundo a especialista em saúde do ouvido, Tanit Sanchez, os fones e outros aparelhos sonoros devem ser usados com o volume até a metade para evitar prejuízos à audição.

É importante também nunca ouvir o som tão alto a ponto de não ouvir o que está a sua volta e não dormir com o fone no ouvido.

Uma boa alimentação também é importante: devem-se evitar frituras, doces e gorduras em excesso.

A poluição sonora é a principal causa de zumbido atualmente. Os médicos começam a apontar que, cada vez mais, cresce a incidência de zumbido em jovens por conta dos aparelhos sonoros.

Também sofrem desse problema ambientes profissionais que expõem as pessoas a zumbidos constantes. É o caso de músicos, DJs, barmen, metalúrgicos, motoristas de ônibus e quem trabalha em gráficas. Quem frequenta baladas também pode estar sujeito a problemas nos ouvidos, se aparecer um zumbido depois da balada, já é um sinal de alerta e sensibilidade. Estresse, envelhecimento e cigarro também podem provocar o distúrbio. 

Os tipos mais comuns de zumbido, que estão no ranking das maiores reclamações dos pacientes, são:

- Apito

- Canto da cigarra

- Chiado de água (chuveiro, chuva, cachoeira)

- Barulho de grilo

- Panela de pressão

- Caixa de som (vibração da caixa em volume alto, com som grave)

- Som de abelha

Para calcular o limite de som permitido, é simples: considera-se um volume de 85 decibéis suportável por até oito horas consecutivas. Para cada cinco decibéis além disso, o limite cai pela metade.

Ou seja, para um barulho de 90 decibéis, o limite seguro é de 4 horas de exposição contínua. Um barulho de 95 decibéis só pode ser ouvido por duas horas, 100 decibéis por uma hora, e assim por diante.

Veja abaixo por até quanto tempo você pode ficar exposto a cada intensidade sonora:

 

- Até 80 dB – não há riscos

- 85 dB – até 8h de exposição 

- 90 dB – até 4h de exposição (motor de ônibus, feira livre)

- 95 dB – até 2h de exposição (latido de cachorro, secador de cabelo) 

- 100 dB – até 1h de exposição (liquidificador, choro de bebê, batedeira, aspirador de pó) 

- 105 dB – até 30 min. de exposição (obra dentro de casa) 

- 110 dB – até 15 min. de exposição 

- 115 dB – até 7 min. de exposição (congestionamento intenso, rojão, ficar na balada perto da caixa de som) 

Outra dica importante é na hora de limpar o ouvido: trocar as hastes flexíveis, que podem empurrar mais a cera para dentro do ouvido, pela toalha. A pediatra Ana Escobar sugere limpar o ouvido com a pontinha da tolha.



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